Vídeo utilizado no encontro presencial do curso de gestores "Desafios no Contexto da Gestão Escolar - 7ª CRE", dia 27/05 nos Polos de Casca, Nonoai e Lagoa Vermelha e dia 30/05 no Polo de Passo Fundo.
Encontros Presenciais - Maio
sábado, 31 de maio de 2014
sábado, 24 de maio de 2014
Textos referência para o encontro presencal de maio.
Prezado (a) Gestor(a), no encontro deste mês
continuaremos a refletir a temática sobre o planejamento da gestão, abordada no
encontro do dia 24 de abril, agora com um foco mais direcionado para as
especificidades da rotina do gestor escolar.
Daniel Retamoso Palma
O livro: "Escola Reflexiva e Nova Racionalidade" organizado pela Educadora, traz sete artigos com uma abordagem sobre a Escola Reflexiva. De acordo com Isabel " É preciso refletir sobre a vida que lá se vive, em uma atitude de diálogo com os problemas e as frustrações, os sucessos e os fracassos, mas também em diálogo com o pensamento, o pensamento próprio e o dos outros."
A Educadora ao falar sobre o desenvolvimento profissional na ação refletida, cita as ideias de Garrido, Pimenta e Moura - "na última década, a literatura sobre formação do professor reflexivo tem-se deslocado de uma perspectiva excessivamente centrada nos aspectos metodológicos e curriculares para uma perspectiva que leva em consideração os contextos escolares" (2000, p.92). Ela aponta que os mesmos autores salientam que as organizações escolares são "produtoras de práticas sociais, de valores, de crenças e de conhecimentos, movidas pelo esforço de procurar novas soluções para os problemas vivenciados" Segundo Isabel, "A complexidade dos problemas que hoje se colocam à escola não encontra soluções previamente talhadas e rotineiramente aplicadas. Exige, ao contrário, uma capacidade de leitura atempada dos acontecimentos e sua interpretação como meio de encontrar a solução estratégica mais adequada para elas. Esse processo, pela sua complexidade, exige do professor a consciência de que a sua formação nunca está terminada e das chefias e do governo, a assunção do princípio da formação continuada. No entanto, também lhe dá o reconforto de sentir que a profissão é para ele, com os outros, sede de construção de saber, sobretudo se a escola em que leciona for uma escola, ela própria, aprendente e, consequentemente, qualificante para os que nela trabalham."
Para acessar o livro, clique no link abaixo, ou na lateral do blog na lista de links: Textos Recomendados.
A Escola Reflexiva" - Isabel Alarcão
Uma boa leitura a todos (as).
Para fundamentar nossas reflexões e discussões,
solicitamos a leitura, dos textos:
- A Pedagogia do Fogo (ou a Arte de "Apagar Incêndios") - Parte I -Daniel Retamoso Palma
- Escola Reflexiva - Isabel Alarcão
PEDAGOGIA DO FOGO (OU A ARTE DE “APAGAR INCÊNDIOS”) – PARTE I
O fogo, a princípio uma
exclusividade dos deuses, teria sido roubado e entregue aos mortais por
Prometeu, “aquele que pensa e enxerga antes” (em grego: Προμηθεύς). Os homens, desde
então, enquanto Prometeu seguiria acorrentado a um castigo que deveria durar 30.000
anos, se acostumaram a relacionar-se ambiguamente com esse elemento que repele
e atrai, exaspera e acalma, queima ao passo que acalenta, provoca a imaginação e o sonho na
mesma medida em que ilumina caminhos no breu. O fogo nos inspira um respeito
quase sagrado, e é talvez o nosso melhor professor sobre limites: quem ousar
desrespeitar as fronteiras de suas chamas terá gravado na própria pele o máximo
castigo pela incontinência. O fogo prescinde de palavras para ensinar. Uma
queimadura é a escrita definitiva da noção de limite no livro da nossa
corporeidade.
Ademais, a Vida,
nosso bem mais precioso, não seria possível sem o fogo que constitui o nosso
Astro-Rei. Pesquisas muito bem embasadas encontraram, não obstante, na relação
humana com o Sol, a fonte de todas as religiões monoteístas, que nada mais
seriam do que narrativas muito elaboradas de metáforas astronômicas,
identificadas em todas as culturas arcaicas que precedem o estágio cultural que
herdamos de uma genealogia greco-judaico-cristã. Ou seja, o domínio do fogo é a
extensão do poder humano sobre a natureza, e um condicionante do que chamamos
de Civilização: está na origem de nossos principais referenciais cosmológicos,
e vai do cozimento do alimento que nos restaura as forças diárias ao nome que
damos ao lugar por nós ocupado no Universo, que não por acaso classificamos
como Sistema Solar.
Ora, se o fogo nos
inspira um respeito quase sagrado, e talvez seja o nosso melhor professor sobre
limites (quem ousar desrespeitar as fronteiras de suas chamas terá gravado na
própria pele o castigo pela incontinência), não admira que seja também a base
de toda uma Pedagogia. Cabe-nos perguntar: que espécie de pedagogia faria do
fogo seu maior Mestre? Creio que um uso de linguagem muito comum em nossas
escolas nos esclareça bastante acerca de nossa pedagogia mais profunda, e nem
por isso a mais notada entre as nossas práticas: não há chavão mais usado entre
os integrantes do professorado e das equipes diretivas de nossos
estabelecimentos de ensino do que a reivindicada arte de “apagar incêndios”.
Questões as mais variadas, como a falta de recursos humanos, a defasagem
salarial, e o pouco tempo para estudo e planejamento, no mais das vezes, são
resumidas à necessidade que os profissionais da educação teriam de “apagar
incêndios”, recorrentemente.
Em última
instância, a realidade que nos cabe trabalhar nos espaços consagrados à
educação, supostamente os espaços pedagógicos por excelência, a julgar por esse
chavão, seria uma realidade incendiária. Não estaríamos aqui a discorrer sobre
uma relação do homem com as chamas de um fogo dominável, mas com as labaredas
de uma fogueira indômita, que mesmo apaziguada em alguns focos, sempre voltaria
a consumir nossa calmaria no mar de fúria que todo incêndio sabe acordar.
Estaríamos vivendo, a partir dessa perspectiva, uma condição de igualdade entre
o Corpo de Bombeiros e o quadro de profissionais da educação de uma cidade.
Fardados ou não, a ambos competiria fazer soarem as sirenes de alerta que fazem
avançar a Urgência de encontro ao fogo que tudo consome. A marca, o signo, a
queimadura da Educação, seria a relação de urgência para com os processos de
ensino-aprendizagem... Urge que reflitamos sobre isso, pois uma Pedagogia do
Fogo, ao que tudo indica, por ser o fogo o grande Mestre dos Limites, é uma
Pedagogia Negativa, uma pedagogia das nossas limitações e não das nossas
possibilidades criativas.
Vivemos sob a égide
de um Estado Democrático de Direito, e uma pedagogia dos limites é uma
pedagogia autoritária. E temos aí, no mínimo, uma contradição entre conquistas
políticas históricas e um autoritarismo do qual nossas práticas ainda não se
purgaram de todo. A arte de “apagar incêndios” é uma arte matreira, cuja
artimanha maior é um processo de desresponsabilização que busca numa suposta
realidade incendiária o pretexto para a estagnação. Mais que isso, a arte de
“apagar incêndios” é a paisagem especular do medo que se autoconsome. Nossa
sociedade é menos uma sociedade incendiária, do que uma sociedade do
medo.
Setor Pedagógico - 7ª CRE
O livro: "Escola Reflexiva e Nova Racionalidade" organizado pela Educadora, traz sete artigos com uma abordagem sobre a Escola Reflexiva. De acordo com Isabel " É preciso refletir sobre a vida que lá se vive, em uma atitude de diálogo com os problemas e as frustrações, os sucessos e os fracassos, mas também em diálogo com o pensamento, o pensamento próprio e o dos outros."
A Educadora ao falar sobre o desenvolvimento profissional na ação refletida, cita as ideias de Garrido, Pimenta e Moura - "na última década, a literatura sobre formação do professor reflexivo tem-se deslocado de uma perspectiva excessivamente centrada nos aspectos metodológicos e curriculares para uma perspectiva que leva em consideração os contextos escolares" (2000, p.92). Ela aponta que os mesmos autores salientam que as organizações escolares são "produtoras de práticas sociais, de valores, de crenças e de conhecimentos, movidas pelo esforço de procurar novas soluções para os problemas vivenciados" Segundo Isabel, "A complexidade dos problemas que hoje se colocam à escola não encontra soluções previamente talhadas e rotineiramente aplicadas. Exige, ao contrário, uma capacidade de leitura atempada dos acontecimentos e sua interpretação como meio de encontrar a solução estratégica mais adequada para elas. Esse processo, pela sua complexidade, exige do professor a consciência de que a sua formação nunca está terminada e das chefias e do governo, a assunção do princípio da formação continuada. No entanto, também lhe dá o reconforto de sentir que a profissão é para ele, com os outros, sede de construção de saber, sobretudo se a escola em que leciona for uma escola, ela própria, aprendente e, consequentemente, qualificante para os que nela trabalham."
Com esta introdução sobre as ideias de Isabel
Alarcão, para fundamentar/apoiar nossas reflexões e discussões, no próximo
encontro presencial de formação de gestores, solicitamos a leitura
do artigo "A Escola Reflexiva", da autora Isabel
Alarcão.
O texto encontra-se na página 15 do livro "Escola Reflexiva e Nova
Racionalidade", que foi organizado pela mesma autora.
Para acessar o livro, clique no link abaixo, ou na lateral do blog na lista de links: Textos Recomendados.
A Escola Reflexiva" - Isabel Alarcão
Uma boa leitura a todos (as).
sexta-feira, 23 de maio de 2014
Inscrições abertas para o curso de Formação de Gestores
Estão abertas, no Módulo de Eventos e Certificações da SEDUC/RS, as inscrições para o Curso: Desafios no Contexto da Gestão Escolar.
Para realizar a sua inscrição siga os passo abaixo.
- Acesse o link: Módulo de Eventos e Certificações;
- Se possui cadastro no Sistema, clique em "Inscrever-se em atividades e eventos";
- Digite seu CPF, clique em "avançar"
- Preencha com os dados solicitados e clique em "Confirmar dados";
- Procure a atividade: "Desafios no Contexto da Gestão Escolar";
- Clique em "Inscrever-se".
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